Os funcionários entraram em greve em maio. Em seguida, os docentes realizaram uma assembleia e aderiram à greve. No dia 04/06, os estudantes, em assembleia com mais de 1000 reunidos, aprovaram greve também.
Dentre as reivindicações estão a retirada da PM do campus universitário, eleições diretas para reitor e contra a Univesp (projeto de ensino à distância a ser iniciado).
Clique aqui para mais detalhes pelo site do DCE da USP.
No dia 09/06, houve um ato contra a ocupação da polícia militar na USP, que está lá a pedido da reitoria para controlar as menifestações de greve dos professores, servidores e estudantes. Neste ato, a PM se utilizou de gás lacrimogêneo, granadas e balas de borracha e cassetetes para agredir os manifestantes. Essa atitude deixou alguns feridos. Acreditamos que esse tipo de repressão é um absurdo e não pode ser aceito. O direito à greve e a manifestações deste cunho devem ser garantidos.
Clique aqui para ver um vídeo que um dos estudantes da USP fez durante o ato.
Hoje, 18/06, acontece um ato na Avenida Paulista. Este ato é mais um tipo de manifestação legítima da luta pela educação. No Congresso Nacional de Estudantes (11 a 14/06), foi deliberado que universidades de todo o país fariam suas manifestações para mostrar que ações de repressão e de precarização da educação brasileira não serão aceitas pelo movimento estudantil de luta.
Diante dos fatos ocorridos na USP na semana passada, o nosso Centro Acadêmico não pode deixar de se manifestar e mostrar nossa indignição com toda essa situação.
Segue, então, a carta enviada ao DCE da USP em solidariedade à luta que se dá:
Carta ao DCE Livre da USP Alexandre Vanucchi Leme
Todo apoio e solidariedade à luta dos estudantes da USP
Nós, do Centro Acadêmico de Letras da Faculdade de Formação de Professores da Universidade do Estado do Rio de Janeiro, nos solidarizamos com a luta atual da Universidade de São Paulo. Nesse momento claro de enfrentamento dos estudantes, servidores e docentes da USP, não só com a reitoria que lhes reprime, como também com o governo que visa implantar um projeto de educação precarizado, o CALet FFP-UERJ declara todo apoio às lutas em prol de uma educação pública de qualidade e de uma universidade livre da PM.
Com o apelo de que este dia 18 de Junho de 2009 seja um dia marcado por manifestações estudantis por todo o país, nós não vamos deixar que esse governo continue atacando o ensino superior público do Brasil. E menos ainda que atos de repressão como o ocorrido na semana passada em São Paulo sejam atos comuns para coibir os manifestantes em suas lutas mais que legítimas. Além de toda essa batalha, estamos apoiando a luta contra a Univesp, contra a perseguição política aos sindicalistas e contra o sucateamento do ensino público.
O movimento estudantil está unificando as lutas e se fortalece cada vez mais. Estivemos presentes no Congresso Nacional de Estudantes e aprovamos o calendário de lutas nacional, por isso, nossa solidariedade faz parte dessa nova fase do movimento estudantil. As reivindicações da USP não são isoladas, o movimento estudantil unificado pelo CNE já está se colocando na frente da luta pela educação nacionalmente!
O movimento estudantil nacional conta agora com uma aliança forte e livre do governo para enfrentar os ataques à educação!
Todos na luta da USP!
Todos na luta pela educação brasileira!
Centro Acadêmico de Letras Carlos Drummond de Andrade / FFP - UERJ
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